Lidia Baís viveu entre 1901 e 1985. Seu pai, Bernardo Franco Baís, foi um dos fundadores da cidade e comerciante de sucesso. Após passar por vários internatos, a moça acabou indo morar no Rio de Janeiro para estudar pintura com Henrique Bernadelli, em 1926. No ano seguinte, fez uma viagem com o tio Vespasiano Martins para a Europa e entrou em contato com o surrealismo. Além disso, foi colega do pintor Ismael Nery durante uma temporada européia entre 1927 e 1928. Após o verdadeiro petardo cultural a que foi submetida, Lídia retornou ao Rio de Janeiro, estudou com os irmãos Bernardelli e fez estágio na Escola Nacional de Belas Artes com Oswaldo Teixeira. Em 1930, a família a obriga a retornar a Campo Grande, então uma cidade de 25 mil habitantes. Nesta época troca correspondências com o poeta Murilo Mendes, que lhe passa um pito na última das cinco cartas encontradas. “É preciso que você abandone completamente as fórmulas antigas, que de nada lhe adiantarão”, ordenava o poeta.
O estilo de Lídia pode ser dividido em dois períodos. A maior parte dos quadros segue o acadêmico-realista, a fórmula antiga a que se referia Murilo Mendes, como os retratos que ela fez de todos os irmãos, por exemplo. Mas o que impressiona e a diferencia é a fase modernista, em que flerta com o surrealismo. Ou no ousado Última Ceia de Nosso Senhor Jesus Cristo, em que se põe como o apóstolo preferido de Cristo. A artista tentou então abrir o próprio museu na década de 40, o Museu Baís. Como não conseguiu, mandou recolher a obra e se dedicou cada vez mais à clausura religiosa. Com isso, Lídia se tornou a artista biruta de Campo Grande. Todos sabiam que um dia havia pintado, mas nunca viam seus quadros.
Durante toda a sua vida, teve uma única exposição individual. Foi em dezembro de 1929 na Policlínica Geral do Rio de Janeiro. Não existem catálogos e uma das poucas provas do vernissage é uma foto em que Lídia aparece ao lado de Povina Cavalcanti, Murilo Mendes e amigos. Lídia só viu parte de seus quadros expostos novamente em 1979 e em 1983, dois anos antes de falecer. Nas últimas décadas de vida, no entanto, fechou-se e se dedicou à vida religiosa. Escreveu por volta de 1960 o livro “História de T. Lídia Baís”, em que repassa a sua vida e tenta se disfarçar ingenuamente atrás do codinome Maria Tereza Trindade.
O reaparecimento de Lídia Baís na cena artística de Campo Grande começou em 2003, quando o artista plástico Humberto Espíndola aceitou dirigir o Museu de Arte Contemporânea de Campo Grande com a condição de que o Governo do Estado assumisse o compromisso de restaurar a obra de Lídia Baís. Ele deixou o MARCO em dezembro de 2005 com o saldo de 25 quadros da artista restaurados com o financiamento da Secretaria e Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. Com o belo trabalho de restauro da sul-mato-grossense radicada no Rio de Janeiro, Áurea Katsuren, finalmente a obra de Lídia pôde ser reunida pela primeira vez em uma exposição coletiva em Campo Grande.
A relação de Áurea com o trabalho de Lída começou em 1995, por meio de Espíndola, quando ocupou o cargo de Secretário de Cultura de MS e encontrou as obras de Lídia empilhadas no banheiro da sede do órgão estadual. A restauradora foi a responsável pelo primeiro lote de 25 quadros e atualmente trabalha em quatro quadros do segundo lote. Ela lembra que recebeu alguns quadros em estado deplorável, como o importante Micróbio da Fuzarca, que chegou todo rasgado. A obra de Lídia, aliás, foi vítima do descaso com a memória e a falta de sensibilidade. No casarão da família, Morada dos Baís, o primeiro prédio de alvenaria de Campo Grande construído em 1918, o exemplo está vivo para todos que vão visitar o lugar.
Depois que o pai de Lídia foi atropelado pelo trem que passava em frente à sua casa, a Morada foi transformada na Pensão Pimentel até 1979 e depois deu lugar a vários tipos de comércio, como escolas, sapa
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Humberto Espindola
Humberto Augusto Miranda Espíndola (Campo Grande, 4 de abril de 1943) é um artista plástico brasileiro, criador e difusor do tema bovinocultura.
Bacharel em jornalismo pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Católica do Paraná, Curitiba, em 1965, começa a pintar um ano antes. Também atua no meio teatral e literário universitário.
Bacharel em jornalismo pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Católica do Paraná, Curitiba, em 1965, começa a pintar um ano antes. Também atua no meio teatral e literário universitário.
tete espindola
Teresinha Maria Miranda Espíndola, mais conhecida como Tetê Espíndola (Campo Grande, 11 de março de 1954) é uma cantora, compositora e instrumentista brasileira. Atualmente mora no bairro de Moema, em São Paulo.
As características de sua carreira estão na multiplicidade, com incursões pela vanguarda, o pioneirismo regionalista, fusões do acústico com o eletrônico e experimentalismos com pássaros.
As características de sua carreira estão na multiplicidade, com incursões pela vanguarda, o pioneirismo regionalista, fusões do acústico com o eletrônico e experimentalismos com pássaros.
Helena Meirelles
Helena Meirelles (Bataguassu, 13 de agosto de 1924 — Presidente Epitacio, 28 de setembro de 2005) foi uma violeira, cantora e compositora brasileira, reconhecida mundialmente por seu talento como tocadora da denominada viola caipira (às vezes denominada simplesmente viola).
Almir Sater
Almir Sater | |
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Informação geral | |
Nome completo | Almir Eduardo Melke Sater |
Nascimento | 14 de novembro de 1956 (54 anos) |
Origem | Campo Grande, Mato Grosso do Sul |
País | Brasil |
Gêneros | Folk Acústico / Instrumental |
Instrumentos | Viola caipira e violão charango |
Período em atividade | 1981 — atualmente |
Gravadora(s) | Velas |
Afiliações | Paulo Simões Renato Teixeira |
Candido Portinari
Cândido Torquato Portinari[1] (Brodowski, 29 de dezembro de 1903 — Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 1962) foi um artista plástico brasileiro. Portinari pintou quase cinco mil obras—de pequenos esboços e pinturas de proporções padrões como O Lavrador de Café a gigantescos murais, como os painéis Guerra e Paz, presenteados à sede da ONU em Nova Iorque em 1956 e que em dezembro de 2010, graças aos esforços de seu filho, retornaram para exibição no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Portinari hoje é considerado um dos artistas mais prestigiados do país e foi o pintor brasileiro a alcançar maior projeção internacional.
sebastião salgado
Sebastião Ribeiro Salgado (Aimorés, 8 de fevereiro de 1944) é um fotógrafo brasileiro reconhecido mundialmente por seu estilo único de fotografar. Nascido em Minas Gerais, é um dos mais respeitados fotojornalistas da atualidade. Nomeado como representante especial do UNICEF em 3 de abril de 2001, dedicou-se a fazer crônicas sobre a vida das pessoas excluídas, trabalho que resultou na publicação de dez livros e realização de várias exposições, tendo recebido vários prêmios e homenagens na Europa e no continente americano. "Espero que a pessoa que entre nas minhas exposições não seja a mesma ao sair" diz Sebastião Salgado. "Acredito que uma pessoa comum pode ajudar muito, não apenas doando bens materiais, mas participando, sendo parte das trocas de ideias, estando realmente preocupada sobre o que está acontecendo no mundo".
Nome completo | Jorge Leal Amado de Faria |
Nascimento | 10 de agosto de 1912 Itabuna (BA) |
Morte | 6 de agosto de 2001 (88 anos) Salvador (BA) |
Nacionalidade | Brasileiro |
Cônjuge | Zélia Gattai |
Ocupação | Romancista contista poeta dramaturgo cronista crítico literário |
Principais trabalhos | Gabriela, Cravo e Canela Dona Flor e Seus Dois Maridos Tieta do Agreste Capitães da Areia |
Movimento literário | Segunda Geração modernista |
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